Do nada, como sempre
Sem lenço, sem talvez
Tomara que desta vez
Não misture minhas vestes
Não revire meus acertos
Não desvire o que é certo
Tomara que desta vez
Eis que você aparece
Assim toda, oi, querido
Assim, tenho novidades
Tomara que desta vez
Você venha bem sozinha
Esteja toda atrevida
Venha pronta para mim
Tomara que desta vez
Que seja a última
E a primeira
A inaugural
A derradeira
O ponto final
E a partida
Mas que nada fique parado
Nem o sujo, nem o imaculado
Nem o limpo, nem o rasgado
Nem o próximo, nem o acabado
Que se mova o que era algo
Que se viva o que era farto
Que se morra o que era salvo
Tomara que desta vez