Será sempre um abandono
Mesmo que seja de um cão
Desalmado e sem cabeça
Um grão de culpa, caríssimo
Será sempre um grão de culpa
Ainda que algo conforte
Vindo a noite, anoiteça
Deixe que o mar lhe lave
Chore junto sua lágrima
Sendo sal, ela derrete
Deixe que a culpa seque
Sorria um riso frouxo
Sendo dor, ela arrefece