terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Desta vez

Eis que você aparece
Do nada, como sempre
Sem lenço, sem talvez
Tomara que desta vez
Não misture minhas vestes
Não revire meus acertos
Não desvire o que é certo
Tomara que desta vez


Eis que você aparece
Assim toda, oi, querido
Assim, tenho novidades
Tomara que desta vez
Você venha bem sozinha
Esteja toda atrevida
Venha pronta para mim
Tomara que desta vez


Que seja a última
E a primeira
A inaugural
A derradeira
O ponto final
E a partida


Mas que nada fique parado
Nem o sujo, nem o imaculado
Nem o limpo, nem o rasgado
Nem o próximo, nem o acabado
Que se mova o que era algo
Que se viva o que era farto
Que se morra o que era salvo
Tomara que desta vez

5 comentários:

Anônimo disse...

Hummmmmmmmmmmm...

Giselle Hoffmann disse...

sensacional!

Anônimo disse...

Tomara que dessa vez... Nunca mais a sós...

Anônimo disse...

Babão...

Anônimo disse...

Sabe o lado bom de toda Musa? Desperta o sensível, o belo, o romântico... o lado que um ser humano, cheio de defeitos, jamais conseguiria inspirar...