Ninguém gosta do meu gosto
Quando meu gosto é ácido
Ninguém goza do meu gesto
Quando meu gesto é áspero
E ai de quem tentar querer o meu querer
Porque o que eu tenho é ácido
Mas há quem me queira, há quem me ame
Há quem reclame de não poder me querer
E ainda que um dia dure uma eternidade
E que a solidão acorde na madrugada
E siga meus passos por todos os cantos
Há de haver quem goste do meu gosto
Mesmo ácido
Mesmo áspero
Mesmo ácido
Mesmo sendo assim do jeito que for
Seja de horror
Seja de dor
Seja sem cor
Mas há quem me quererá, quem amará
Sem reclamar e podendo querer
Simplesmente gostando
Do gosto de me ter
4 comentários:
Boca, achei um som ótemoo!!!
Aquele, baixinho, quando alguém está sério e sorri e os lábios fazem um click [impulsionado por algo dito - ou não dito (mas vindo)- por nós].
"Do gosto de... me ter?"
texto inspirado no meu comentário?
só pq disse que gosto do seu gosto você tá querendo me contradizer, hein!?
Quero experimentar!
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