terça-feira, 13 de março de 2007

Ninguém gosta do meu gosto
Quando meu gosto é ácido

Ninguém goza do meu gesto
Quando meu gesto é áspero

E ai de quem tentar querer o meu querer
Porque o que eu tenho é ácido

Mas há quem me queira, há quem me ame
Há quem reclame de não poder me querer

E ainda que um dia dure uma eternidade
E que a solidão acorde na madrugada
E siga meus passos por todos os cantos
Há de haver quem goste do meu gosto


Mesmo ácido
Mesmo áspero
Mesmo ácido

Mesmo sendo assim do jeito que for

Seja de horror
Seja de dor
Seja sem cor

Mas há quem me quererá, quem amará
Sem reclamar e podendo querer
Simplesmente gostando
Do gosto de me ter

4 comentários:

Anônimo disse...

Boca, achei um som ótemoo!!!
Aquele, baixinho, quando alguém está sério e sorri e os lábios fazem um click [impulsionado por algo dito - ou não dito (mas vindo)- por nós].

Creco disse...

"Do gosto de... me ter?"

Anônimo disse...

texto inspirado no meu comentário?
só pq disse que gosto do seu gosto você tá querendo me contradizer, hein!?

Anônimo disse...

Quero experimentar!