quinta-feira, 10 de maio de 2007

Basta/Carta

Sou eu ali, no topo daquele cume
Lá longe, querendo ser distante
Mas, no fundo, sou eu perto
No fundo, somos nós juntos
Ou que sentido haveria?
Que sentido há?

Há o sentido de mudar
Há? Basta acreditar
Não. Basta querer
E deixar de temer
E se deixar levar
Ou o que resta? Ficar

Eu sempre baixei a cabeça
Era isso, medo de ser você
Mas é. Graças... é!
Cadê você, meu bem?
Olha minha montanha
Deixa eu olhar seu mar

Ninguém escolhe ninguém
Escolhe. Deixa de bobeira
Você escolheu a mim
Seus amigos sempre serão
Seus amigos, e assim
Serei seu, enfim

--

"São duas da manhã
Fecho meus olhos e não durmo
Fecho meus olhos e, virou rotina,
Vejo apenas você
Vejo seus olhos

Os olhos mais lindos, imensidão
Vejo seu sorriso, amplidão
Vejo sua timidez, meu porto
Vejo seu silêncio, meu torpor

Vejo esse invisível que faz
De você, indizível
A pessoa que tira meu sono
E me enche de vida

Se eu fecho meus olhos
E vejo tudo isso,
Pra que dormir?
Pra que trocar
O sonho pelo sono?

Essa não deveria ser
Uma carta tola,
Cheia de lugar-comum
Mas será. E é

Esse sentimento me revira
Tem tradução impossível
Tem pouca explicação
Mas será. E é

Gosto de você como quem
Encerra uma busca infinita
Como quem finaliza
Uma luta já perdida
Como quem celebra
O fato de você me ver

Quer saber: não dormirei
Acordado, sigo em frente
Sonhando, os meus dias
Já pertencem a você
Lua cheia, estrelada
Amanhecer e poente

Me mostro
Me dôo
Me vou
Pra que você nunca fuja de mim"


3 comentários:

Anônimo disse...

Passou a carta a limpo?

Unknown disse...

Melhor dormir... olheira é fogo

Anônimo disse...

Eu acho que você não lê. Você pensa que não vejo. Mas vá...
já foi.