domingo, 7 de dezembro de 2008

Pânico

De repente isso
Que chega sem mais nem menos
Que dói no peito, na garganta
Que seca a boca, deixa tonto
Que falta o ar, que falta o chão
Toda a certeza de morte está aqui
Toda a certeza de morrer

Mas não, agora eu sei que não
Ainda assim eu sinto tudo
Sozinho, dói mais, mas
Não posso evitar os lugares
Ontem saí e foi horrível
Aquele monte de gente
Falando, rindo, fedendo

Minha casa também aperta
À noite tentei ver algo na TV
Uma falta de ar não deixou
Eu tô tentando lutar
Eu não posso me isolar
Eu não posso me entregar
E tudo parece um filme

Para dormir, sublingual
Para acordar, a luz
Para viver, sabe lá