Não quero conselho, quero calma
Quero esperar o que me virá sorrir
E quem me faz sorrir, se eu sei?
Quem me faz vibrar de uma vez?
Não quero conselho, quero calma
Quero estirpar toda minha mágoa
E quem me dita assim, se eu conheço?
Mora logo ali, tem endereço?
Não quero conselho, quero calma
E a experiência nessa hora falha
E basta esse amor, se um lado cala?
Falha todo o plano de existir?
Não quero conselho, quero alma
Não quero fermento, quero água
Não quero tormento, quero calma
Anonimamente, vou vivendo
E mesmo quem não mostra a cara
Imagina que se agitar o vento leva
E basta um nó, se a dor não sara?
E algum conselho, nessa hora basta?
segunda-feira, 26 de junho de 2006
sábado, 17 de junho de 2006
Sábado
Tirei o sábado pra chorar
Pra lembrar de tudo que perdi
Que perdi você
Que perdi a piscina
Que perdi o riso
Que perdi o sol
Que perdi o carro
E as músicas no carro
Tirei o sábado pra chorar
Pra lembrar de você
Do seu cheiro
Do seu gosto
Do seu gozo
Do nosso jeito
De nós
E do mundo de nós
Tirei o sábado pra chorar
Sem alarmes, sem surpresas
Ouço tanta coisa
Nada me diz o que ouvir
Só queria te ouvir
Só queria voltar
A viver
Ao lixo a métrica
Ao lixo a glória
Ao lixo meu egoísmo
Só te queria aqui
Que saudade!
Quanta dor
Até quando?
Ainda estou aqui
Ainda
Pra lembrar de tudo que perdi
Que perdi você
Que perdi a piscina
Que perdi o riso
Que perdi o sol
Que perdi o carro
E as músicas no carro
Tirei o sábado pra chorar
Pra lembrar de você
Do seu cheiro
Do seu gosto
Do seu gozo
Do nosso jeito
De nós
E do mundo de nós
Tirei o sábado pra chorar
Sem alarmes, sem surpresas
Ouço tanta coisa
Nada me diz o que ouvir
Só queria te ouvir
Só queria voltar
A viver
Ao lixo a métrica
Ao lixo a glória
Ao lixo meu egoísmo
Só te queria aqui
Que saudade!
Quanta dor
Até quando?
Ainda estou aqui
Ainda
quinta-feira, 15 de junho de 2006
Mão horra noje
Não morra hoje
Não morra hoje
Não morra hoje
Hoje a morte saiu
Foi visitar um primo
Bêbado de trabalhar
Foi visitar o caos
E dividir umas tarefas
Não morra hoje
Não morra hoje
Não morra hoje
Espere a morte voltar
Ela estará cansada de caos
Quererá um pouco de paz
E te valerá sem dor, pois
A morte pode ter compaixão
Então,
Não morra hoje
Mão horra noje
Hão norra moje
E adeus!
Não morra hoje
Não morra hoje
Hoje a morte saiu
Foi visitar um primo
Bêbado de trabalhar
Foi visitar o caos
E dividir umas tarefas
Não morra hoje
Não morra hoje
Não morra hoje
Espere a morte voltar
Ela estará cansada de caos
Quererá um pouco de paz
E te valerá sem dor, pois
A morte pode ter compaixão
Então,
Não morra hoje
Mão horra noje
Hão norra moje
E adeus!
terça-feira, 6 de junho de 2006
Súplica
Essa é só mais uma súplica de amor
Me ame!
É tola assim, mas cheia de fé e dor
Dispensa o gesto de café na cama e cartão em flor
Troca o beijo pela reza,
O medo pela raiva,
A esperança pelo pavor
O coração, aqui, sangra e já não pulsa
Me ame!
E ainda se diz que há pureza no amor
Essa é só mais uma história de horror
Me mate!
Simples assim, sem dó e sem dor
Dispensa a piedade com disfarce de suor
Troca o beijo pelo sopro,
A pressa pela calma,
O grito pelo torpor
A alma, aqui, gela e já não jura
Me mate!
Há sim, meu amigo, motivo para o horror
sexta-feira, 2 de junho de 2006
Reticências
Quem disse que homem não chora?
Chora e se lambuza de sal
Quem disse que o mundo é bom?
O mundo é isto
Viver, sofrer, morrer
E ponto final
Chora e se lambuza de sal
Quem disse que o mundo é bom?
O mundo é isto
Viver, sofrer, morrer
E ponto final
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