segunda-feira, 26 de junho de 2006

Conselho

Não quero conselho, quero calma
Quero esperar o que me virá sorrir
E quem me faz sorrir, se eu sei?
Quem me faz vibrar de uma vez?

Não quero conselho, quero calma
Quero estirpar toda minha mágoa
E quem me dita assim, se eu conheço?
Mora logo ali, tem endereço?

Não quero conselho, quero calma
E a experiência nessa hora falha
E basta esse amor, se um lado cala?
Falha todo o plano de existir?

Não quero conselho, quero alma
Não quero fermento, quero água
Não quero tormento, quero calma
Anonimamente, vou vivendo

E mesmo quem não mostra a cara
Imagina que se agitar o vento leva
E basta um nó, se a dor não sara?
E algum conselho, nessa hora basta?

2 comentários:

Anônimo disse...

não ia ser sem comentários?

Juliana Szabluk disse...

E calma basta?

Não quero calma, quero alma, quero a dor que me assegura um sentimento qualquer.
Não quero rios perenes, litros de água parada, falta de vento, falta de fauna.
Não quero paz ou permanente, felicidade sintética, sorriso estético. Quero lágrima, quero vida, quero trauma.