quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Olhos

Já ouviu falar nos olhos que arrepiam?
Eles deitam em você e nunca dormem
Eles colam em você e nunca calam
Eles vivem e só lhe fazem viver mais

Esses olhos, meu amigo, esses olhos
São como duas eternas luas cheias
Uivam para que a noite acorde
Dormem sempre em suas retinas
Acordam o seu sono de não viver

Já ouviu falar desses olhos, irmão?
Viu essa luz de paz e absolvição?
Você não sabe, ninguém há de saber

Que esses olhos que me arrepiam
Nasceram do lugar mais improvável
Correram este corpo outrora instável
Ferveram no meu sangue o amanhecer

São esses olhos, esses seus olhos
Que me vêem assim, tão diferente
Duas pérolas, dois novos expoentes
Ninguém sabe o que será da gente?

Já ouviu falar de seus olhos assim?
Pois bem, se aqui há paz e perdição

Faço, mesmo ateu, minha oração

E que venha calor
Que venha amor
E salvação

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo, ele é lindo!

Anônimo disse...

Hora de olharmos para fora, pois os olhos de dentro estão nos matando, irmão.