sábado, 12 de janeiro de 2008

Eu escrevo pra ninguém

Pensando bem, eu escrevo pra ninguém. Ok, você pode estar aí lendo essas coisinhas. Mas você é um pedacinho de nada, uma coisa nenhuma, uma merdinha sem cheiro e sem cor.

Muitos iguais a você fariam a diferença. Virariam uma merda gigante, escura e fedida. Por enquanto não. Eu escrevo pra ninguém e me sinto muito bem assim. Inodoramente. Às cegas.

Pensando bem, eu sou o verdadeiro indie. Não tô usando all star. Não tô ouvindo nada, só o teclar dos meus dedos. Não tenho franja, tá tenho uma. Foda-se. Eu sou o verdadeiro indie. O poeta sem leitor. O contista sem crítica. Puta honra.

Gole de Chivas. Cheers! Mas é o seguinte: além de toda essa besteira que eu escrevi, tem o fato de eu ser mais um. Sim. Porra. Se eu escrevo e ninguém lê, pode haver milhões que escrevem pra ninguém. Pode não. Há. Certeza. Puta que os pariu.

Eu bem que tentei fugir disso, mas não dá: sou um porra de um tipinho comum. Esse que chora. Esse que ri. Esse que bebe. Esse que pensa. Disso eu não abro mão. Mesmo que ninguém me leia. Cheers!

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu leio, porra!

Anônimo disse...

Me dá um gole de Chivas?

Creco disse...

Chivas... Meeeeestre!