A puta da esquina não é mais puta
Ela tem uma bolsa e uma blusa roxa
Pinta o olho de azul e pisca um olho
Ainda se lembra de brincar de roda
Ainda pensa que esta vida é foda
E espera algum dia sair dali
A puta da esquina não é mais puta
Não frequenta clubes da elite
Não se lava com coca e whisky
Beija no máximo três por noite
Se arrepende por algumas dores
E ainda sonha com o mundo melhor
Na frente da puta passam putas
Fedendo a sexo e a tormento
Eles querem fingir que o que há dentro
Que o que há dentro é só fingimento
Só que a puta não liga, ela sorri
A puta da esquina é a melhor daqui
A puta da esquina não é mais puta
Ela é uma santa deste mundo torto
Fez pacto com a luz pra andar direito
Quando acende o cigarro e traga o vento
Pensa só que as putas, as de verdade
Gritam, gemem e choram com sinceridade
sábado, 16 de setembro de 2006
Viver
Vim
Pra não morrer
Pra não morrer
Pra não morrer
Pra não morrer
Ainda
Quis
Reencontrar
Reconhecer
Recomeçar
Reinventar
Ainda
Disse
Pra te maldizer
Teu maldizer
Teu mau sabor
Teu mau amor
Calado
Fui
Sem chorar
Sem lamentar
Sem lembrar
Sem viver
De novo
Vim
Pra não morrer
Pra não morrer
Pra não morrer
Pra não morrer
Ainda
Assim
Morro
Morto
Morto
Morro
Assim
E fim
Pra não morrer
Pra não morrer
Pra não morrer
Pra não morrer
Ainda
Quis
Reencontrar
Reconhecer
Recomeçar
Reinventar
Ainda
Disse
Pra te maldizer
Teu maldizer
Teu mau sabor
Teu mau amor
Calado
Fui
Sem chorar
Sem lamentar
Sem lembrar
Sem viver
De novo
Vim
Pra não morrer
Pra não morrer
Pra não morrer
Pra não morrer
Ainda
Assim
Morro
Morto
Morto
Morro
Assim
E fim
sexta-feira, 15 de setembro de 2006
Antes, agora
Meu filhote me faz sorrir, quando estou assim tão mal
E não há vento que passe aqui, que me faça desistir
De seus beijos, de seu pêlo, de você a me abraçar
Pois a chuva, eu sei, um dia vai passar...
Vem e chora e pula em mim, este amor incondicional
O sol bate em meu corpo e aí, eu me vejo resistir
De toda dor, de todo ardor, nasceu pra me salvar
Já que o escuro, eu sei, eu dia vai clarear...
Diz que me ama, ninguém há de duvidar
Fala do seu jeito, torto de me amar
E mesmo que digam que o amor tem partida
Que a força há de secar...
Antes, agora, o mundo se abrirá
Antes, agora, meu mundo é seu estar
E não há vento que passe aqui, que me faça desistir
De seus beijos, de seu pêlo, de você a me abraçar
Pois a chuva, eu sei, um dia vai passar...
Vem e chora e pula em mim, este amor incondicional
O sol bate em meu corpo e aí, eu me vejo resistir
De toda dor, de todo ardor, nasceu pra me salvar
Já que o escuro, eu sei, eu dia vai clarear...
Diz que me ama, ninguém há de duvidar
Fala do seu jeito, torto de me amar
E mesmo que digam que o amor tem partida
Que a força há de secar...
Antes, agora, o mundo se abrirá
Antes, agora, meu mundo é seu estar
sábado, 9 de setembro de 2006
Tá
Tá, vai dizer que é pra ser sofrido
Você nem limpou o sangue de outrora e já vive de manchar outra aurora, sequer deixou cicatrizar o coração, mas insiste em contrariar a razão
Tá, vai falar que é culpa da sorte
Chora pelos cantos, fala que é ruim, reclama do céu, como se fosse assim, diz que o sol é forte, que a chuva molha, mas em casa só se deita, disfarça e chora
Tá, vai correndo maldizer a vida
Como se não fosse você sempre a razão, como se não fosse sua cada nova decisão, vai, se esconde irmão, que assim lhe escapa a vida, morre o amor e a sorte acaba enfim
Você nem limpou o sangue de outrora e já vive de manchar outra aurora, sequer deixou cicatrizar o coração, mas insiste em contrariar a razão
Tá, vai falar que é culpa da sorte
Chora pelos cantos, fala que é ruim, reclama do céu, como se fosse assim, diz que o sol é forte, que a chuva molha, mas em casa só se deita, disfarça e chora
Tá, vai correndo maldizer a vida
Como se não fosse você sempre a razão, como se não fosse sua cada nova decisão, vai, se esconde irmão, que assim lhe escapa a vida, morre o amor e a sorte acaba enfim
sexta-feira, 8 de setembro de 2006
Mulher
Jamais haverá mulher como aquela que havia
Cuidava de mim de noite, amava sem fim de dia
Me afagava na cama, no banho ela me ardia
E mesmo sem haver chama, o fogo não se extinguia
Comia sem sal e amava, amava meu gosto de sal
Do som de um vinho aberto, ela fazia especial
Zelava pelas suas rosas, banhava de flor o mal
Transfigurava o opaco em brilho celestial
Mas eis que voltaram nuvens, eis que choveu aqui
E ela, já tão entregue, quase não me viu partir
Chorou o seu choro limpo, limpou seus olhos de atriz
Fez da vida seu rumo, fiz da vida o que bem quis
O vinho ainda esquenta o fogo que se extinguia
O banho ainda lava este ventre que nos ardia
Mesmo a noite dorme à espera de um novo dia
Mas jamais haverá mulher como aquela que havia
Cuidava de mim de noite, amava sem fim de dia
Me afagava na cama, no banho ela me ardia
E mesmo sem haver chama, o fogo não se extinguia
Comia sem sal e amava, amava meu gosto de sal
Do som de um vinho aberto, ela fazia especial
Zelava pelas suas rosas, banhava de flor o mal
Transfigurava o opaco em brilho celestial
Mas eis que voltaram nuvens, eis que choveu aqui
E ela, já tão entregue, quase não me viu partir
Chorou o seu choro limpo, limpou seus olhos de atriz
Fez da vida seu rumo, fiz da vida o que bem quis
O vinho ainda esquenta o fogo que se extinguia
O banho ainda lava este ventre que nos ardia
Mesmo a noite dorme à espera de um novo dia
Mas jamais haverá mulher como aquela que havia
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
Beijo
Um beijo pode ser um beijo
Uma troca de cor
Um alento pra dor
Um início de amor
Minha boca na sua
Alma ficando nua
Língua a roçar sem medo
Uma troca de segredos
Início de algo maior
Ou pode ser só um beijo
Pode-se ser um beijo e só
Uma troca de cor
Um alento pra dor
Um início de amor
Minha boca na sua
Alma ficando nua
Língua a roçar sem medo
Uma troca de segredos
Início de algo maior
Ou pode ser só um beijo
Pode-se ser um beijo e só
Virei canção
Escrevo quando rio, escrevo quando choro
E acho que, acima de tudo, escrevo pra viver
Porque o que passa, fica em mim
Fica sim e nada me esquece do que é bom
Então escrevo mais, chorando ou rindo
Indo ou vindo, apenas ficando aqui
E quando choro, sai esse mar de dor
Vira essa ressaca infinda, esse fim de mim
Mas, se é que alguém há de perguntar,
Hoje escrevo apenas para gargalhar
Pois o riso também vive de sonhar
E hoje sonho. Me diz, para que despertar?
Sonho um: estou aqui, você ali, estamos sós
Sonho dois: você ali, passei ali, ficamos nós
Sonho três: você, eu, ficamos, estamos
O quatro pode ser realidade. Ou pode não
Você sabia que o que me atrai é a indecisão?
E você, está disposta a mudar meu coração?
Ah, você: prazer, é a voz do não. Bate, bate
Não estou em casa. Saí pra viver. Virei canção
E acho que, acima de tudo, escrevo pra viver
Porque o que passa, fica em mim
Fica sim e nada me esquece do que é bom
Então escrevo mais, chorando ou rindo
Indo ou vindo, apenas ficando aqui
E quando choro, sai esse mar de dor
Vira essa ressaca infinda, esse fim de mim
Mas, se é que alguém há de perguntar,
Hoje escrevo apenas para gargalhar
Pois o riso também vive de sonhar
E hoje sonho. Me diz, para que despertar?
Sonho um: estou aqui, você ali, estamos sós
Sonho dois: você ali, passei ali, ficamos nós
Sonho três: você, eu, ficamos, estamos
O quatro pode ser realidade. Ou pode não
Você sabia que o que me atrai é a indecisão?
E você, está disposta a mudar meu coração?
Ah, você: prazer, é a voz do não. Bate, bate
Não estou em casa. Saí pra viver. Virei canção
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