sábado, 16 de setembro de 2006

Puta

A puta da esquina não é mais puta
Ela tem uma bolsa e uma blusa roxa
Pinta o olho de azul e pisca um olho
Ainda se lembra de brincar de roda
Ainda pensa que esta vida é foda
E espera algum dia sair dali

A puta da esquina não é mais puta
Não frequenta clubes da elite
Não se lava com coca e whisky
Beija no máximo três por noite
Se arrepende por algumas dores
E ainda sonha com o mundo melhor

Na frente da puta passam putas
Fedendo a sexo e a tormento
Eles querem fingir que o que há dentro
Que o que há dentro é só fingimento
Só que a puta não liga, ela sorri
A puta da esquina é a melhor daqui

A puta da esquina não é mais puta
Ela é uma santa deste mundo torto
Fez pacto com a luz pra andar direito
Quando acende o cigarro e traga o vento
Pensa só que as putas, as de verdade
Gritam, gemem e choram com sinceridade

5 comentários:

Creco disse...

Mesmo assim, eu continuo NÃO preferindo as putas.

Anônimo disse...

To aqui. Não fui.
Amanhã,ok?
Bjo. Adorei.

Anônimo disse...

Escreve outro...

Manda a puta embora.

Quero um novo, e que eu veja mta coisa nele.

Beijos!

Anônimo disse...

putaria das mudanças, a zona de transformações, o campo movente de consciência, tudo tudo tudo em constante e febril transformação, NADA É PARA SEMPRE..

Anônimo disse...

lembremos, pois, da transitoriedade de todas todas todas as coisas, da vida, dos amigos, amantes, bichos domésticos, ilusões, phantasias, sociedades, humanidades, multiversos, tudo tudo tudo vai acabar, e o mais engraçado, o mais estranho é que tudo vai se acabar e tudo nem começou direito...