Sou eu, este ser injusto e agressivo
Tanto perverso quanto insensível
Talvez incapaz de olhar o bem
E permanecer dele cativo
Sou eu, esta papa de medo e de dor
Ora dourada, ora invisível
Que vive assombrada também
Misturando o frio e o torpor
Sou eu, isto que tudo abomina
Ser violento e irredutível
Mescla do mal e do bem
Reduto de uma alma alcalina
Sou eu, última instância
Da fé, da outrora criança
Que pobre, um dia sonhou
Sou eu, o ótimo exemplo
Alma rasgada, coração em rebento
Do mundo que nunca raiou
Nenhum comentário:
Postar um comentário