Diálogo das 4h15. Eu e ela. Só sobramos nós.
"Fica tudo meio turvo, não fica?", digo.
"É a bebida."
"Será? Pode ser coração batendo."
"Não, é a bebida, vai por mim."
Um gole, outro, uma volta e voltamos.
"Tô ficando tonta. Bebi demais."
"Não, é o coração", digo.
"Será? Pode ser bebida."
"Não, é o coração, vai por mim."
Um gole, outro, um beijo, outro, outro, quase caímos, voltamos.
"Tá tudo meio turvo", ela diz.
"É, tá tudo meio turvo."
"Nosso coração?"
"Não, é a bebida."
E caímos.
Um comentário:
Quanto pior sua vida fica, melhor para quem lê. De vez em quando dou uma fuçada por aqui. Enquanto "aquela" cerveja não acontece.
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