sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Tenho a Lua

Minha cama é uma imensidão
Nela cabe um mundo, mas está vazia
Vazia e fria e enorme e fria e vazia
Pensando bem, melhor assim
Tenho espaço pra esticar minhas pernas
Pra rolar, pra me virar como quiser
Se quiser até derrubo vinho nela

Derrubo em mim, no cachorro
Ele bebe vinho, mesmo, gosta também
Se quiser, derrubo a cama no chão
E venho pro chão e vinho no chão
Foda-se, foda-me também, aceito
O molhado sou eu, o quente também
Tudo em mim, de olho na Lua
Tenho eu, tenho a Lua, uma só
Logo o dia nasce e eu durmo
Durmo mesmo, longamente

Com a Lua a meus pés

2 comentários:

Anônimo disse...

Entrei aqui pra te xingar (você disse que podia), mas não tive coragem.
Te xingo pessoalmente, logo mais, no jornal.
:D

Anônimo disse...

Fiquei com saudades das nossas conversas... tantas coisas mudaram.
Mais saiba q te guardo em um lugar mto especial, na memória e no coração.