Olha esse quarto, não tem cheiro
Quase vazio e sem retrato
Lá vive um rapaz de corpo inteiro
Lá vive um rapaz de alma aos pedaços
Vê que coração mais ressentido
Pulsa como se fosse obrigado
Será que não tem sangue esse tipo?
Será que ele é mesmo amargurado?
Minha dor é saber que essas mãos
Dizem pra você que tanto sofro
Quero me ver livre deste escuro
Quero me ver livre e não sei como
Abra agora a porta, ilumina o quarto
Deixa que o sol traga um novo dia
Chora que assim o mal escorre
Chora que ele vai e não consome
E lembra de mim quando eu morrer
Diz que eu, com toda minha alma,
Fiz você viver um pouco mais
Fiz um pouco sim. E mais nada
2 comentários:
Caralho, velho...
Vende isso pro Amarante!
PS: Tô começando a ficar preocupado contigo, meu irmão...
Abraço do Cleber.
Acorda e perceba que o vazio preenche os buracos que as mãos de outrora ocupavam.
O vazio é a esperança da eterna possibilidade.
A vida é uma eterna sucessão de possibilidades que não se concretizam.
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